Cotidiano Serelepe

Surpresas e sustinhos da minha vidinha sem-sal

terça-feira, maio 05, 2009

Erre gê

Outro dia fiz um texto chamado Identidade, mas tenho concluído que a minha vida anda 'pessoal e intransferível' demais. São coisas que me sufocam e que eu não consigo por para fora de mim, não ando mais achando que alguém vá entender e, muito sinceramente, cansei que ver as minhas raivas e decepções como entretenimento.
Muitos dos meus musos inspiradores já deram um tempo na blogoesfera - ou sei lá como é que se escreve isso! - e creio quie é chegada a minha hora. Talvez eu volte a fazer diário de papel.
Até Pessoas.

quarta-feira, abril 08, 2009

Tempo, tempo, mano velho.

Tô com um monte de coisas na cabeça e sem tempo pra colocar em palavras. Sabe aqueles pensamentos em sânscrito ou qualquer outra língua que ninguém conhece direito? Eu estou assim. Essa história de ser a mulher da casa anda mexendo comigo. Estou confundindo responsabilidade com sisudez. Tenho estado insuportável e a única coisa boa da minha vida é olhar pra carinha de João e ganhar um sorrigengiva de volta!

"Eu quero ver o mar"...

OBS. Não carece preocupar com o post anterior, não... Eu só fiquei lembrando de mim na Fran. Reconhecendo como perdi tempo com uma idiotice que nunca deu provas de realidade e só serviu para aumentar meu ceticismo. oukêi? oukêi!

domingo, março 22, 2009

Identidade

Eu já falei milhões de vezes que acho ridículo ter crise existencial na minha idade. Agora, depois que 'pari', é ainda mais absurdo sentir que estou perdida igual a cego em tiroteio, me procurando nas histórias dos outros, crendo que não sou ninguém que já não está por aí, vivendo e sabendo o que fazer da própria vida. Quem é essa pessoa?
Todo ano eu digo que não vou assistir o BBB, mas acabo vendo, julgando, me enganando com as pessoas, tomando partido de outras, bom, só não ganho o milhão! Este ano, a diferença veio com minha identificação com Francine. Calma! Eu não sou de ficar mostrando os 'distintivos' nem levantando a saia pra mostrar o calçolão (embora use calçolão porque acho mais confortável. Enfim...), mas aquela vontade louca de ser amada e cuidada é igual. O grude já foi igual, agora já não é. Talvez porque não achei válido grudar... sei lá.
Só olhando - e sofrendo junto- com a Francine foi que eu percebi o quanto nós duas nos anulamos apenas para ser reconhecidas, só pra ganhar um afago. Consequencia de um desespero com nome e sobrenome, que vem de outros carnavais. Claro que eu não tô falando do Max. Mal comparando, somos como gatos que se julgam muito independentes, mas se contorcem por um carinho. Quase não damos trabalho, mas ainda causamos alergia.
Será que cada bichinho tem o dono que merece? Será que existem mesmo gatinhos vira-latas? Se existe a campanha "Adote um Cão", por que não tem "Adote um Gatinho"? Por que não adotam a Fran? Se der certo pra ela, eu posso voltar a ter esperança.

É mesmo muito ridículo querer viver nos outros.

domingo, março 01, 2009

Além da Vaidade

Outro dia lia o texto em que a Brenda relatou sua boa vontade em malhar e recobrar a forma que tinha antes de uma bebezinha e me enchi de coragem. Disse pra mim que caminharia todos os dias logo após a primeira mamada do João, mas aconteceu uma coisa com a qual eu não contava: meu pé cresceu e meu lindo tênis comprado apenasmente para ir à Brasília - porque eu achava um artigo totalmente desnecessário até então - simplesmente não cabe mais. Saí dois dias, feri o pé e não saí mais. Meu pé cresceu e eu continuo só usando as mesmas coisas da gravidez porque engordei.
Mainha diz que eu 'estou amamentando' e me empurra comida o tempo todo. No primeiro mês eu comi pirão de tudo o que se pode imaginar, pelo menos uma vez por dia. É verdade que a produção do leite era bem mais expressiva naquele tempo, mas o resultado é que faltam só 5kg pra eu ficar a mesma baleia hipopótama que eu estava no fim dos 9 meses.
Aí me dizem "use cinta, Elisa" e eu uso, mas eu só tenho duas calças, ambas do tempo de grávida e ambas caem quando eu uso cinta. Situação ridícula. Fui semana passada ver preço de calça jeans para trabalhar (sim, Pessoas vou trabalhar) e descobri que eu sou uma gigante que veste 44, como se não bastasse estar sem grana. Deprimi. Poxa vida, eu tenho 6 jeans e nenhum cabe. pensar que eu vou ter que comprar sem dinheiro uma coisa que eu tenho em casa me dá nos nervos. Me dá vontade de chorar. E eu choro sempre que dá vontade.

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Encontros e Despedidas

"Chegar e partir são só dois lados da mesma viagem..."

Taí uma verdade bem verdadeira. No 'bina' do meu orkut, acabei de ver que o PdMF deu uma espiadinha no meu perfil. Sensação estranha... Pela primeira vez, nesses quase quatro anos, eu não me senti tão mal. Fui lá e deixei um recadinho. Penso que está tudo bem agora. Lamento não cultivá-lo como amigo - sua inteligência é algo enriquecedor pra quem está perto e ele ainda é um cara divertido e bacana na minha humilde opnião.
Enfim, é como ver fotos muito antigas; vemos os rostos, sabemos de sua importância, mas temos ciência de que aquele tempo congelado passou.

obs.: Não preciso lembrar a ninguém de que este é meu diário, né? ótimo!

domingo, fevereiro 08, 2009

"São tantas coisinhas miúdas..."

Todo mundo sabe quando está apaixonado! Mesmo realizando uma atividade qualquer a pessoa tá ali no seu pensamento e, quando você tem uma brechinha, fica remoendo as cenas que você já viveu com ela em câmera lenta e com fundo musical e tudo! Telefone na mão é para saber notícias ou só pra ouvir a voz mesmo porque a pior coisa do mundo é ficar longe.
Terça passada eu fui substituir uma colega em sala de aula ( pra ganhar um troco porque a coisa continua muito feia aqui em casa) e foi a primeira vez que fiquei longe de João por tanto tempo. Chegar em casa foi bom demais! Ouvir os sonzinhos que ele faz quando está descobrindo as coisas da casa no ombro da gente, as mãozinhas fazendo cócegas no nosso pescoço, as bochechas, o cheirinho, o xixi, a cáca... e dar de mamar...
Não aguentei e chorei com João no peito, ele me olhando com seus olhinhos falantes "Oxe mamãe, que bobagem é essa?"

terça-feira, janeiro 13, 2009

Parte II

Se vocês têm acompanhado os textos dos últimos meses devem ter percebido que a realidade de estar grávida não provocou uma felicidade instantânea em mim. Por causa disso os messes que se seguiram não foram exatamente felizes. Houve muita lágrima minha, de minha mãe, da família, da Igreja... Muito apoio também, graças a Deus, mas sabe aquela sensação de sempre dever um pedido gigante de desculpas pra todo mundo? Tenho isso até hoje e acho que vou ter pra sempre.

JUN- A barriga ainda não existia, mas eu já estava mais cheinha e, claro, punha a culpa no frio de Brasília que me 'obrigava' a comer a comida maravilhosa da Roseli. Passei meu mês de férias sendo paparicada pela família, os amigos, a Igreja, mas estava uma pilha de nervos. Na verdade, estava soltando os cachorros em todo mundo havia muito tempo. Fiz os primeiros exames escondida com o apoio de Matheus, que também foi pra casa dele, no Norte do país.

JUL- No dia 5, data marcada para o meu retorno a Brasília, contei a mainha que estava grávida e o mundo de todo mundo veio abaixo. Liguei pra coordenação do curso e falei que não voltaria e o motivo. Naquele mês e no próximo seria o Módulo de Campo. Todos foram para a tribo Parakanã, no Pará e eu iria também, mas ninguém deixou. Foi um mês dificil e os olhos da minha mãe choraram muitos e muitos dias.

AGO- Eu quase deprimi, mas não ia adiantar nada ficar com cara de 'Ih, fiz merda!', então só chorava quando não tinha ninguém por perto. Percebi que tenho alguns amigos muito bons e, finalmente, me livrei de um tipo 'muui amigo' que me irritava havia quatro anos - beijo na testa de quem adivinhar de quem eu tô falando! haha

SET- Nos mudamos numa sexta-feira e na terça fomos buscar Matheus na rodoviária. Foi um dia stressante pra todo mundo. Não sei dizer direito o que eu estava sentindo aquele dia, mas essa dúvida, certamente, me deixou muito agoniada e nervosa. Sei que não o recebi bem, mas minha reação foi o acúmulo de vários dias de notícias enviezadas, dúbias... Era a incerteza dos próximos dias, na verdade meses, que já vinha se manifestando e que ele só teria contato a partir dali.

OUT- Vale dizer que nesse tempo todo a situação financeira aqui de casa ficou pior do que sempre. Um doslugares onde mainha trabalhava fechou as portas e, sem eu saber, ela havia tomado vários empréstimos pra me manter em Brasília, além disso depois da mudança passamos a morar de aluguel. Num apartamento maior o gasto com energia elétrica- por exemplo- também é maior. E eu sem poder trabalhar, ficava cada vez mais nervosa e inchaaaaaaaaaaaaaada. Mas Deus é bom e uma amiga da gente me deu de presente sessões de drenagem linfática que revolucionaram a minha vida! Teve o culto do dia das crianças e minha suspensão das atividades da igreja acabou.

NOV- Praticamente um elefante, só saia de casa pra ir à médica. Aconteceu o Chá de Bebê no finalzinho do mês e fomos duas vezes à maternidade com alarmes falsos.

DEZ- João nasceu no dia 2, à noite, mas as dores começaram às 10 da manhã. É uma dor que você vai na Lua, bate papo com São Jorge e volta- bem devagarzinho!- mas, depois que o menino sai, passa instantaneamente. No dia seguinte à nosso retorno pra casa, a irmã de Matheus veio passar uma semana conosco. A vinda dela foi uma coisa realmente providenciada por Deus porque ela ajudou a clarificar algumas coisas. O Natal chegou e João foi nossa única alegria. O Reveillon passamos com minhas tias e foi ótimos, pois com essa história de Igreja, havia anos não passávamos com a família. 1h da manhã do dia primeiro, voltamos pra casa e fomos dormir.

Acabou.